Introdução: As fissuras orofaciais (FO) são anormalidades craniofaciais desenvolvidas no período intrauterino. São de grande prevalência entre anomalias congênitas, sendo alvo de muitos estudos. Apesar disso, não há definições exatas sobre sua etiologia. Fatores ambientais, alterações genéticas e condições gestacionais estão entre os seus múltiplos fatores. As FO são também chamadas de fissuras labiopalatais, pois se subdividem em: fenda labial e fenda palatina. Afetam diretamente estruturas anatômicas, como: lábio superior, palato duro e cavidade nasal, cuja integridade é essencial para o pleno funcionamento do organismo. Tais anomalias podem decorrer de síndromes cromossômicas ou podem ser alterações anatômicas isoladas. Logo, vale analisar os materiais obtidos em estudos realizados dentro das amostras populacionais afetadas. Objetivo(s): Elencar informações de cunho epidemiológico sobre as fissuras orofaciais. Método: Revisão integrativa da literatura com busca de trabalhos nas bases de dados SciELO, BVS, Lilacs e Google Acadêmico. Palavras-chave utilizadas: fissuras orofaciais, fenda palatina e fenda labial. Critérios de inclusão: textos completos publicados em inglês e português entre os anos de 2007 e 2020 com a justificativa do uso de trabalhos que serviram de base para a construção da revisão. Critérios de exclusão: publicações repetidas e não correspondentes à questão de pesquisa. Foram selecionados 9 trabalhos. Resultados: As FO apresentaram prevalência entre as demais anomalias que afetam a cabeça e o pescoço. As fissuras que envolvem tanto o lábio como o palato (lábio-palatinas) foram as mais relatadas nas pesquisas. Os autores apontam que a anomalia é disposta com maior frequência unilateralmente no lado esquerdo da face. As FO atingem o sexo masculino mais comumente. O tipo de fenda mais evidenciada no sexo masculino é a lábio-palatina, já no feminino é a palatina. As raças caucasiana e branca são as mais afetadas. A maioria dos casos estudados não possuem relação com alguma síndrome. Os fatores de riscos mais mencionados foram hereditariedade, baixa renda familiar, exposição a substâncias tóxicas e más condições gestacionais. Conclusão: O estudo epidemiológico das FO é importante devido à sua prevalência entre anormalidades craniofaciais. Os achados sugerem estatísticas semelhantes, apesar das variações geográficas e étnicas. Há uma necessidade de estudos posteriores, com foco na etiologia que, até então, é pouco elucidada na literatura.
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